segunda-feira, 3 de maio de 2010

OFICINA de tipologia textual

“O Senhor é meu pastor e nada me faltará”. Só com a presença de Deus mesmo para aguentar tantas oficinas em um mesmo mês. Três turmas em dois lugares, então nove oficinas. Venci e aqui estou a relatar.
Iniciei as oficinas distribuindo o material com os elementos da natureza e com uma bala colada. Pedi a alguns cursistas que lessem e fizessem alguns comentários e aproveitei para perguntar se acreditavam em horóscopo. A maioria disse que não, mas que lia de vez em quando. Pedi que observassem a sala que estava arrumada com todos os signos do zodíaco e a seguir passei uns slides de sensibilização com os respectivos signos, fazendo uma analogia que os signos estavam presentes em nossa vida, assim como os tipos e gêneros textuais.
Logo depois distribui um cartãozinho e pedi que fizessem previsões para a oficina do dia. Foi muito engraçado e ao mesmo tempo descobrimos que algumas pessoas até conheciam maneiras de fazer previsões de verdade.
A partir daí aproveitei para perguntar se eles observaram o tempo verbal predominante e também e qual era o gênero e tipo textual. Então diferenciei tipos de gêneros e sugeri leituras como Gêneros textuais e ensino, de Angela Paiva Dionisio; Produção textual análise de gêneros e compreensão, de Luiz Antonio Marcuschi; Dicionário de gêneros textuais, de Sérgio Roberto Costa; Para entender o texto e Lições de texto: leitura e redação, de Platão e Fiorim, passando os respectivos livros para que os cursistas tivessem contato com os mesmos.
A seguir fiz algumas perguntas relacionadas aos tipos textuais, fazendo o levantamento dos conhecimentos prévios para a posterior leitura do texto de referência, que foi comentado pelos cursistas. Depois dessa discussão foi entregue um texto de Jô Soares com o título “Composição: o salário mínimo. Foi realizada uma leitura compartilhada e depois nos grupos feita uma discussão onde um deles deveria encontrar argumentos que comprovassem que o texto se tratava de uma atividade escolar, o outro que não era um exercício escolar e os outros dois deveriam criar uma atividade didática indicando a série, objetivo e encontrar os tópicos e descritores da matriz de referencia de Língua Portuguesa.
A atividade ficou interessantíssima, até porque não pedi que abrissem o TP e lessem o texto, pois ele estava lá, mas entreguei uma xerox e pude perceber a falta de leitura por parte de alguns cursistas. Ainda em grupo foi feita a análise de uma atividade do AAA 3 do professor e encontrada também tópicos e descritores.
Para sistematizar o assunto passei em slides um quadro com as sequências tipológicas e também distribuí o mesmo quadro para os cursistas, que ainda fizeram algumas perguntas sobre os tipos, mas acredito que tenha respondido e conseguido tirar as dúvidas.
Ao final da última oficina já estava exausta, mas ao mesmo tempo agradecida por ter conseguido dar conta de tantas atividades e pude perceber através das avaliações, que fiz bem o meu trabalho, pois os cursistas colocaram que: “A oficina contribuiu para repensarmos o trabalho com tipologia textual no sentido de ampliá-lo, pois tradicionalmente apensa os tipos descritivo, narrativo e argumentativo têm sido priorizado na escola”; “Aconteceu na quarta-feira do dia 28-04-10 a oficina do Gestar. Como não poderia deixar de ser construímos conhecimentos e nos divertimos também. Em diversos momentos discutimos os gêneros textuais e a tipologia dos mesmos. No próximo encontro estaremos aqui, engajados numa mesma causa: a construção do conhecimento”; “A oficina deixou bem claro as seqüências tipológicas: descritiva, narrativa, expositiva, argumentativa, injuntiva e preditiva, bem como a diferença entre gênero e tipo. A formadora demonstra bastante embasamento em coordenar a oficina. A turma mostrou-se bastante participativa”.

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